No vasto campo da vida, muitas vezes nos encontramos perdidos no labirinto das comparações. Olhamos ao redor e, como crianças famintas por aceitação, nossos olhos se fixam na relva aparentemente mais viçosa do jardim alheio. Num sussurro traiçoeiro, a voz da dúvida insinua-se: "Será que não estou fazendo o suficiente? Será que não sou bom o bastante?"
E assim, num ciclo interminável de autoquestionamento, nos tornamos prisioneiros da ilusão de que a felicidade e o sucesso residem apenas na sombra do outro. Mas oh, quão cegos somos para a verdade radiante que brilha dentro de nós!
Cada alma é uma constelação única, tecida com fios de experiência, sonhos e dores. Nenhuma jornada é idêntica, nenhum caminho é igual. Por que então nos aprisionamos à medida falsa e vazia da comparação?
Cada um de nós é uma obra-prima em constante evolução, esculpida pelas mãos do destino e colorida pelas tintas da vida. Nossas vitórias e derrotas são notas singulares em uma sinfonia divina, não para serem comparadas com as notas de outro, mas para serem apreciadas em sua plenitude, em sua singularidade.
Quando nos libertamos da ânsia de nos equiparar aos outros, descobrimos a beleza e a magnitude de nossa própria jornada. Não somos menos dignos por não alcançarmos os marcos que outros alcançaram; somos simplesmente diferentes, e é essa diferença que nos torna preciosos e únicos.
Então, em vez de olhar para o jardim do vizinho com olhos de inveja, ergamos nossos olhos para o céu e admiremos as estrelas que somos. Em cada passo, em cada escolha, estamos cumprindo nosso destino, escrevendo nossa própria história.
Que possamos abraçar nossa singularidade com gratidão e aceitação. Que possamos caminhar com confiança em direção aos nossos sonhos, sabendo que não precisamos nos comparar com ninguém além de nós mesmos. Pois, no final, é a jornada interior que verdadeiramente importa, e é lá que encontramos a verdadeira paz e realização.
Com carinho, Michele da Silva.
(Michele Stringhini da Silva)
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